domingo, 22 de dezembro de 2013

O lenço que antecede o pulo - O caso McHale


No dia 1º de maio de 1947, a jovem Evelyn McHale, de apenas 23 anos, sobe no 86º andar do Empire State Building e decide tirar a própria vida.



No dia anterior, Evelyn havia visitado seu noivo em Easton, Pensilvânia, e não se sabe o que ocorreu em seu percurso até Nova York. Ao chegar na cidade, Evelyn se hospedou em um hotel, onde escreveu uma carta de despedida. Na carta, um temor sobre sua futura vida de casada: “Ele está muito melhor sem mim… Eu não seria uma boa esposa para ninguém”. Ao terminar a carta, guardou-a na bolsa e se dirigiu ao deck de observação do 86º andar do Empire State.
Deixando seus pertences no chão, ela se aproximou do parapeito do deck, soltou um lenço branco e observou sua sutil descida. Na rua, o patrulheiro de tráfego John Morrissey avistou um lenço branco que caia devagar. Momentos depois, se atentando novamente ao seu serviço, John ouve um estrondo repentino. Encontrou então o corpo da senhorita McHale em cima de uma limousine da ONU que estava estacionada em frente ao edifício. O impacto da queda retorceu o metal do teto do carro, além de quebrar todas as janelas do mesmo. O motorista do veículo havia ido a uma farmácia próxima do local e não sofreu ferimentos.
O estudante de fotografia Robert Wiles estava na região e registrou a imagem cerca de 4 minutos após a queda. Apesar de se tratar de um suicídio, a imagem correu o mundo pela paz em que a jovem aparentava estar, ainda segurando seu colar de pérolas enquanto repousava seu corpo em lençóis de metal. A foto tirada por Robert é considerada uma das mais icônicas do século 20.
Os decks de observação do Empire State Building já foram utilizados por dezenas de pessoas que cometeram suicídio. O caso de Evelyn McHale, em 1947, foi 12º suicídio registrado na história do edifício. Hoje esse registro já conta com mais de 35 nomes.


Evelyn McHale, após se jogar do 86º andar do Empire State Building. 

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