terça-feira, 26 de março de 2013

Modelos com o tempo contado


De tempos em tempos, o mundo da moda é sacudido por algum desfile arrebatador e memorável. Fazia muito tempo que não acontecia, desde o inesquecível desfile de Jum Nakao em 2004, no qual ele trouxe modelos vestindo belos figurinos feitos de papel, que ao final foram rasgados para delírio de quem assistia. Pois quase 10 anos depois esse frisson aconteceu de novo. Nessa semana, no desfile do estilista Fause Hauten no SPFW, em vez de habituais modelos na passarela, havia um pequeno tablado à frente do palco de cortinas fechadas, com um grupo de manipuladores vestidos de preto e um casting de marionetes muitíssimo elegantes que caminhavam e posavam para os fotógrafos como as modelos que elas representavam.
O resultado foi um desfile plácido, atípico e muito emocionante, além de uma delicadeza poucas vezes vistas nas semanas de moda. O estilista disse que teve a ideia ano passado, quando ganhou uma bonequinha (na verdade um duende) e pensou que poderia levar à passarela bonecas em vez de modelos.
A ideia foi só melhorando depois que ele descobriu que poderia ‘escolher’ as marionetes pro seu desfile, ele resolveu colocar o rosto de modelos que ele gostaria que desfilassem para sua marca ou que já o haviam feito, as modelos são: Gisele Bündchen, Thana Kuhnen, Paola Ludtke, Stella Tennant, Aline Weber, Alícia Kuczman, Shalom Harlow, Kate Moss, Carol Trentini, Raquel Zimmermann, Kristen McMenamy, Karen Elson, Alek Wek, Natalia Vodianova, Amber Valletta, Linda Evangelista, Mariacarla Boscono, Naomi Campbell e a atriz Julianne Moore.
E ao final, mais uma bela surpresa, as cortinas se abriram e revelaram os vestidos em seus tamanhos reais, ao lados de suas marionetes, e pra fechar o ‘evento’, uma marionete da Maria Rita cantou a música “Redescobrir”, veja o vídeo do desfile:






Objetos Importantes


Mais de 100 mil refugiados já cruzaram a fronteira entre o estado de Nilo Azul, no Sudão, e o estado do Alto Nilo, no Sudão do Sul. Passando fome, doenças e outras privações durante a viagem, alguns deles mostram ao fotojornalista Brian Sokol quais os objetos mais importantes de suas vidas.
Os números impressionam e as desumanas condições por que passam essas pessoas também. O drama dos refugiados no Sudão do Sul tem várias caras e Brian Sokol foi conhecê-las, acabando por criar o projeto The Most Important Thing. Nele os refugiados mostram o que conseguiram trazer na viagem e que é fundamental nas suas vidas. Nas fotografias se incluem objetos como recipientes de água e panelas.

Ahmed tem 10 anos e escolheu seu macaco de estimação, Kako. Ele não imagina sua vida sem o macaco, companheiro de viagem durante os cinco dias em que foram na traseira de um caminhão desde Taga até à fronteira do Sudão do Sul.


Haja, 55 anos, escolhe seu taupe, com o qual consegue transportar a neta, Bal Gaze.


Maria, de 10 anos, diz que o objeto mais importante que tem no momento é o recipiente de água.


 Dowla, 22 anos, escolhe o poste de madeira que coloca nos ombros para transportar seus filhos, quando eles já não conseguem mais andar.
  

Com 85 anos, Torjam teve força para levar consigo essas duas garrafas de plástico, uma com água, outra com óleo para cozinhar. Conta que teve de deixar alguns idosos para trás.


Hasan não sabe ao certo a sua idade (terá entre 60 e 70), mas sabe que com essa carteira, agora vazia, conseguiu alimentar sua família durante os 25 dias de viagem até à fronteira do Sudão do Sul.




 Shari, de 75 anos, escolhe a vara com que se consegue orientar. Há cinco anos, Shari cegou e, desde aí, só o filho, Osman, e essa vara lhe podem valer.


Taiba tem 15 anos e é uma das mais vulneráveis do grupo fotografado por Brian Sokol. Não conseguiu levar mais nada a não ser a roupa que cobre seu corpo. Perdeu o braço esquerdo devido ao tétano.



Magboola, 20 anos, escolhe uma panela, pequena o suficiente para transportar consigo, grande que chegue para dar de comer a ela e às três filhas.


Omar também não sabe a idade (entre os 60 e os 70, provavelmente) e escolhe o machado como objeto mais importante da sua vida. Com ele, Omar consegue cortar lenha para cozinhar. O machado serviu ainda para ajudar a construir pequenas estruturas de madeira, onde ele e a família puderam se abrigar e dormir.

Óculos de Pedra





Parece bizarro, mas a marca Shwood acaba de lançar a Stone Collection: uma edição de óculos de sol de pedra. Depois da linha de óculos de madeira, a marca continua seguindo seu posicionamento, que defende a inovação, os trabalhos manuais e o uso de elementos da natureza.

A base é de madeira, que garante sustentação ao produto, mas na armação são utilizadas lâminas de pedra ardósia. O seu visual pode ganhar um toque vintage e rústico e não se preocupe que tudo foi pensado: as folhas de ardósia são bem finas, para que os óculos não pesem demasiado em seu rosto.

A edição da marca americana está limitada de 200 peças e custa entre 295 e 325 dólares.