(Nova Iorque, 4 de novembro de 1946 — Boston, 9 de março de 1989)
foi um fotógrafo norte-americano que se define por grande rigor em
todos os aspectos da sua obra, criativos ou técnicos.
Conhecido como o documentarista da cena sadomasoquista gay, Mapplethorpe percorreu um longo
caminho entre sua infância no Queens,
em Nova Iorque, até o submundo GLS mais radical. Se sua vida teve
vários desvios, sua arte teve vários caminhos. Mas foi na fotografia que este
homem dúbio e incansável se afirmou. Frequentador de bares leather, era capaz de circular
também na alta roda social.
Expoente da pop art, retratou em suas fotos seus
contemporâneos, como Andy Warhol, David Hockney e Patti
Smith, com quem teve uma relação conturbada, pois ambos erambissexuais.
Seu maior caso de amor foi com Sam
Wagstaff, que apoiou sua carreira, inclusive financeiramente, o que não quer
dizer que Mapplethorpe se satisfizesse com ele. Em suas saídas, sempre voltava
para casa com alguém e, caso este também não o satisfizesse, ele voltava aos
bares e começava tudo de novo. Era louco em suas aventuras sexuais e tinha
manias: usar caveira como símbolo, dormir em uma gaiola
gigante, com lençóis pretos na cama. Tudo isso adquiriu um aspecto trágico ao
descobrir que tinha AIDS. E todas
as suas vivências se refletiram de forma inequívoca em sua arte, em uma tal
extensão que muitos de seus trabalhos são até hoje impedidos de ser exibidos.
Seu auge como artista ocorreu na década de 1980: de uma hora para
outra, era citado em todos os lugares. Seus clientes incluíam famosos de Hollywood e membros da nobreza europeia.
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